quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Como se fabricam marginais em nosso país.

http://vimeo.com/27659191

Olá a todos, antes de mais nada.
A falta de tempo anda dificultando as coisas para mim com relação aos blogs, mas quero deixar claro que ainda estou vivo.
Na minha busca de coisas para me emputecer para poder postar aqui, me deparei uns dias atrás com os vídeos do já conhecido caso dos artistas de rua da Praça Sete, centro de Belo Horizonte-MG - Caso você que estiver lendo ainda não conhecia, acredito que já tenha clicado no link no início do post. Contudo, entro em mais detalhes, sugerindo que clique aqui e aqui.
Usei o título do primeiro vídeo para a postagem não apenas por ela tratar-se do conteúdo do vídeo em si, mas porque realmente quero simbolizar o nosso país como uma grande fábrica. Nesta fábrica, a sociedade divide-se em partes, uma delas são os grandes proprietários, outra parte são os trabalhadores, em outra, os produtos, e, por último, os clientes. Considere este texto uma análise simples, na humilde e clara visão de alguém não-especialista no assunto. Alguém que simplesmente assiste a tudo do mesmo ângulo que você(ou não). Um cliente.
Tirar a oportunidade de pessoas que querem viver uma vida simples e autônoma, usando critérios preconceituosos, aproveitando mentiras da mídia sensacionalista, reprimindo, insultando, agredindo fisicamente, saqueando e danificando seus bens. Este pode ser vulgarmente considerado o trabalho "grosso" ou "superficial" na nossa fábrica. As máquinas estão funcionando em vários cantos da fábrica, em cada canto os "peões" operam de maneira diferenciada, já que os produtos produzidos variam por classe. Mas vamos falar apenas neste canto.
Na classe mostrada nos vídeos, a matéria-prima utilizada é o grupo de pessoas em questão e o instrumento de trabalho é a violência. Os encarregados de produção fazem vista grossa no trabalho dos operários para que a matéria-prima seja utilizada de maneira inteligente e eficiente, assim como seus instrumentos de trabalho.
Podemos observar em um dos vídeos que entre o grupo de pessoas há uma mulher que carrega uma criança em seu ventre. À partir do momento em que esta é considerada uma matéria-prima sem nenhum diferencial, estamos próximos de uma outra classe de produção que vai diretamente ao resultado final, que envolve a maior parte da sociedade, os clientes. Segue análise:
Suponhamos que toda esta matéria-prima já possa ser descartada com o término da jornada de trabalho, então ela se dispersa. Temos novos mendigos espalhados por aí, ou seja, resíduos industriais à céu aberto. Então a garota grávida enfim dá a luz à criança, ou seja, o solo é contaminado pela proliferação de bactérias geradas pelos "resíduos industriais".
O que nós, clientes, não vimos desde o início: A nossa fábrica é tão suja que a poluição é apenas parte do processo de produção. Entenda melhor sabendo no que as bactérias se tornarão em breve, assistindo ao vídeo abaixo:

Então clientela, o que acham do produto final?
Saberemos lidar com tal mercadoria? Devemos mesmo comprá-la? Vale o preço? Que lucro tiraremos disso?

A sociedade fabrica marginais, a sociedade não sabe lidar. Esta é a verdade.

Um comentário:

  1. novamente sem muito o que falar...parabenizo seu texto ,,muito bem explicado....


    passe a diante

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