sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A criança que calou(?) o mundo...



"Quem se importa com o que ela está falando?"
Caso essa seja sua pergunta, do mesmo gênero de muitos questionamentos feitos entre os comentários desse vídeo no Youtube, que por sinal me geraram um sentimento de revolta, a resposta é bem clara:
EU ME IMPORTO!
Eu não sou menos do que os engravatados presentes nesse discurso, eu sou tão ser humano quanto eles, assim como qualquer um que estiver vendo esta postagem também é.
Sinceramente não concordo com o título dado à esse vídeo. Não que não seja o fato, mas não deveria ser.
Em situações assim, as pessoas de fato se calam, e não é o que deve acontecer.
Acordem amigos! É só isso que essas crianças querem. Que acordemos!

sábado, 21 de novembro de 2009

Um golpe desferido no Partido...



_Winston - Escuta. Quanto mais homens tiveste, mais te quero. Compreendes?
_Julia - Perfeitamente.
_Winston - Odeio a pureza, odeio a virtude. Não quero que exista virtude alguma, em parte nenhuma. Quero que todos sejam corruptos até os ossos.
_Julia - Então eu sirvo, querido. Sou corrupta até os ossos.
_Winston - Gostas de fazer isto? Não me refiro a mim, somente. Gostas da coisa em si?
_Julia - Adoro!




Pode demonstrar qualquer espanto, caso não conheça tal obra. Porém, leia!
Só lendo pra entender...

domingo, 15 de novembro de 2009

Viver em Paz

Invocam-se pacíficas idéias
Na falta de quem anda a governar
E tais nações potentes estão cheias
De engenhos novos prontos a estourar.

É bom que os homens falem de bondade,
Mas há de haver amor nos corações;
Não podem a soberba e a vaidade
Gerar sossego e paz entre as nações.

Com fome de milhões de criaturas
E toda a sorte de mortais agruras
Que a opressão social ainda nos traz;

Com almas torturadas pelo medo
De bélicos inventos em segredo,
Como é que pode alguem viver em Paz?


  • Do livro Ícaros Novos, de Pedro Ferreira da Silva

Quem és?

Vê! Como é livre e alegre a passarada
Que vai cantando pelo espaço afora,
Bebendo a luz bem pura da alvorada,
Feliz ao sol, feliz à toda hora.

E tu, que és homem,vê! Não sabes nada!
Que condição mesquinha tens agora!
Mas se volveres a vida passada,
Verás o quão livre era o homem de outrora.

Hoje tu vês "balcões" por toda parte
Vende-se "Deus"! Também se vende amor!
Compra-se o pranto! ...e por viver dest'arte

É necessário o escravo,
Quem és tu, se tens aqui tanto "senhor",
E se não tens direito a liberdade?



  • Especial para o jornal Ação Direta, por C.S., novembro de 1950 - Retirado do livro Entre Ditaduras, de Edgar Rodrigues

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O Projeto Vênus - Criando Armas de Criação em Massa



Olá, antes de mais nada, caro leitor!
No último post, comentei sobre uma ideia de implantar uma certa medida no mundo em prol de nossa sobrevivência, não me referindo apenas à raça humana, mas à natureza como um todo.
Pois bem; ao citar tal ideia, me referia ao projeto idealizado pelo engenheiro social e designer Jacque Fresco: O Projeto Vênus.
Você, ser humano, que cresceu ou vem crescendo sob uma educação que, melhor pode ser entendida como um senso comum, de que devemos lutar para que possamos responder aos padrões de qualidade de vida, -sendo esses: ter uma boa formação acadêmica para adquirir um bom ingresso no mercado de trabalho, para obter uma boa renda, para que adquira boas propriedades, para que então possa ter a liberdade para construir uma família, e seguir esta mesma dinâmica para manter esta família - Você, ser humano, consegue imaginar todos nós vivendo libertos de tudo isso?
Toda esta busca por essa "qualidade de vida" faz com que permitamos que tirem de nós o que é nosso por direito, dádivas da natureza são atribuídas à um valor econômico, tomadas como posse, exploradas, degradadas, perdidas e sujeitadas à uma "medida compensatória" que não necessariamente compensa a perda, pois não há dinheiro no mundo que possa realmente comprar o que já faz parte de nós.
Para quem leu os posts anteriores sobre Zeitgeist e assistiu a ambos os filmes, já entendeu(ou não) o fato de que o sistema monetário nada mais é do que SERVIDÃO. Ele limita as nossas capacidades, fazendo com que sejamos individualistas, trabalhemos para nossos próprios benefícios, sujeitando-nos à servir a outros seres humanos que na verdade deveriam ser parceiros e não soberanos.
A estrutura social proposta pelo Projeto Venus chama-se Economia Baseada em Recursos.
O projeto ressalta todas as nossas conquistas, avanços tecnológicos alcançados ao longo da história e os atuais avanços, baseados nos recursos naturais, permitindo-nos desenvolvimentos verdadeiramente sustentáveis. Contudo, você poderá notar ao conhecer este projeto a importância da mente humana, que tanto é usada em prol da destruição de nosso entorno, para a criação e crescimento. Como é citado no filme, ao invés de usar nossas mentes para criar armas de destruição em massa, podemos criar armas de criação em massa.
Com a extinção do sistema monetário, o conceito de trabalho mudará. Não existirá mais a servidão, e sim a colaboração, o uso da criatividade e a auto-realização.
Acima de tudo, o Projeto Vênus mostra a relação entre o libertarianismo e a sustentabilidade, mostrando como o regime livre da escravidão pode ser implantado em nossa era.

Saiba mais: - site oficial
                  - Vênus BR
                  - comunidade
                  - O que é o Projeto Vênus
                  - O que é Zeitgeist


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Addendum


Bem, aqui estou depois de semanas para, como prometido, falar sobre a segunda parte do filme Zeitgeist: Zeitgeist - Addendum.
A proposta do filme é clara, portanto, recomendo-o para os que ficaram curiosos em saber qual é de fato, segundo eles, o tal do "Espírito do Tempo", do nosso tempo.
Diferente do primeiro filme, ele não apresenta aquela carga pesada sobre a religião.
O filme desde o início faz um complexo discurso sobre o modo injusto como funciona o sistema monetário, mostrando como somos escravos desse sistema, dependentes, o quanto ele nos torna desiguais, e que, enquanto ele existir, não alcançaremos a verdadeira sustentabilidade.
Utopia? Loucura? Não é o que eu diria.
Posso afirmar que Zeitgeist Addendum prega uma idéia que deve ser implantada ainda neste século em prol da sobrevivência do mundo. Algo surpreendente e diferente de tudo o que a população pode imaginar, baseado nos conceitos libertários clássicos, visando o modo como eles devem ser implantados na nossa era. Mas para me aprofundar mais nisso, precisarei de outro post, o que não poderei fazer hoje. Portanto, me despeço recomendando ao leitor que assista estes dois filmes.
Segue link abaixo:

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Invincible

Vá em frente

Faça nossos sonhos se realizarem

Não desista da luta

Você ficará bem

Porque não há ninguém como você

No universo



Não tenha medo do que sua mente esconde

Você deveria resistir

Resistir pelo que você acredita

E essa noite poderemos verdadeiramente dizer

Que juntos nós somos invencíveis



E durante a batalha

Eles irão nos rebaixar

Mas por favor, por favor,

Vamos usar essa chance para reverter as coisas

E essa noite poderemos verdadeiramente dizer

Que juntos nós somos invecíveis



Faça isso por si mesmo

Não faz diferença para mim

O que você deixa para trás ou o que você escolhe ser

E tanto faz o que disserem

Sua alma é inquebrável



E durante a batalha

Eles vão nos rebaixar

Mas por favor, por favor,

Vamos aproveitar essa chance para reverter as coisas

E essa noite poderemos dizer verdadeiramente dizer

Que juntos nós somos invencíveis

Que juntos nós somos invencíveis



 Muse

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Zeitgeist




"Nós não queremos ser indelicados, mas temos que ser objetivos.


Não queremos magoar os sentimentos de ninguém, mas queremos ser academicamente corretos naquilo que compreendemos e sabemos ser verdadeiro."




É com esse trecho que começo a falar deste polêmico e chocante documentário produzido por Peter Joseph, lançado em 2007.
O termo alemão significa "espírito do tempo". Trata-se de um conjunto formas de pensamento e do conhecimento no mundo em uma determinada época.
O filme apresenta a idéia de que em algum momento todo o conhecimento humano acumulado ao longo dos tempos tende a ser libertado da prisão imposta por nós mesmos, pelos vícios da humanidade.
Como seres humanos, seres racionais, temos a capacidade de superar esses vícios, refletindo, expandindo nossos conhecimentos, ousando, livrando-nos finalmente de tudo o que é superficial, que foi feito para manipularmos uns aos outros.
Ele apresenta fatores surpreendentes e às vezes até óbvios, em relação ao que foi cravado em nossas mentes com o passar dos tempos.
Tudo começa falando, de acordo com o próprio roteiro, sobre a maior mentira já imposta em todos os tempos, a Religião. Porém, antes que julguem o filme como mais uma propaganda nilista/ateísta para convencer as pessoas de que elas não podem ir à igreja, tenho que afirmar que esse não é o objetivo. Simplesmente, quando se tem conhecimento de algo, não custa nada querer divulgá-lo. E realmente vale à pena observar a convicção com que se apresenta fatos que provam que as poderosíssimas instituições religiosas cristãs baseiam seus dogmas em um grande livro de simbologias astrológicas, não muito diferente de outros livros escritos muito antes de Cristo, em diversas outras culturas e crenças. Destaque para trechos de palestras do comediante Bill Hicks(1961-1994), inseridas para que possamos apreciar reflexões feitas através de uma linguagem sarcástica e muito inteligente.
Como a idéia do filme é divulgar verdades e derrubar de vez a cortina para que nossos olhos vejam o quanto vivemos enganados, à partir de um certo ponto vemos as medidas inescrupulosas tomadas pelos poderosos em busca de mais poder. Poder sobre a humanidade e sobre o mundo.
As informações dadas sobre a podridão encontrada no governo norte-americano há tanto tempo, que viciou o mundo fazendo com que nada seja visto, é extremamente surpreendente. É preciso ter o coração preparado para ouvir o que eles têm a dizer sobre as guerras, as táticas utilizadas para controlar a população através do medo, o roubo e a agiotagem praticados pelo Banco Central, as ambições da conceituada família de banqueiros Rockefeller em todas as suas gerações, os ataques terroristas (destaque para o 11 de setembro) e muitas outras coisas...
Mais uma vez, devo destacar que o filme não tem a pretensão de aplicar em nossas mentes um pensamento radical, mas mostrar à todos nós o quanto somos capazes, e que nossas capacidades estão acima de qualquer conceito superficial do que é ser rico ou pobre, bonito ou feio, bom ou ruim, branco, negro, amarelo. Somos, acima de tudo, Seres Humanos, e o melhor modo de demonstrar nossas capacidades sendo o que somos é colaborando uns com os outros, dividindo nossa sabedoria, não querer ser mais do que tudo à nossa volta, mas simplesmente fazer parte desse "tudo".
Tudo isso torna necessário para aqueles que querem expandir seus conhecimentos com relação à si mesmo e ao que está a seu redor, assistir Zeitgeist - o filme.
Contudo, ver também:
Zeitgeist II (resenha em breve, ou não)
A Revolução é agora!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Crônica do Velho Esgoto

Argh!
Nem acredito que acordei. Que sono longo, nem parece que dormi fora de casa.
O sonho estava tão interessante que eu nem queria acordar; mas a natureza fétida me chamou, e insistiu. Interromperam meu sonho, que chato!
Queria agradecer aos anjos desse paraíso pela hospitalidade, mas eles sumiram e as luzes se apagaram. Não sei o que houve por aqui enquanto eu dormia. Pensei até que ao acordar eles me chamariam para o café da manhã.
Bem, agora tenho que voltar para o velho esgoto, onde, apesar de ninguem conhecer ninguem, todos aguardam ansiosos pelo meu retorno. Afinal, lá, um depende do sangue e da carcaça do outro para sobreviver, e quando conseguimos escapar de lá, fazem de tudo para nos ter de volta.
É, eles conseguiram, e o pior é que dessa vez eu provavelmente não saio do Velho Esgoto tão cedo.


Jefferson H. de Souza

quarta-feira, 9 de setembro de 2009


"O mais pronto recurso dos possuidores, na defesa contra os não-possuidores, é a força bruta, a violência organizada. Chamam isso defender a ordem.

[...]

Se os trabalhadores chegassem um dia à compreensão de tal fato, não se alistariam como soldados, e se os soldados se compenetrassem da verdadeira traição que praticam contra seus irmãos de miséria, deixariam as armas ou voltá-las-iam contra os ricos, contra os governos.

[...]

Para conseguir dos soldados essa passividade da bêsta, profundamente irracional, esse automotismo de máquina mortífera, emprega o Estado especiais processos para criar-lhes a mentalidade do escravo.

O conjunto desses processos chama-se disciplina.

[...]

Contra semelhante disciplina, inventada pelos donos da terra para manter ajoujados os trabalhadores, protestam os anarquistas concitando os soldados a se rebelarem contra as ordens infames dos seus superiores e atirarem ao lixo carabinas, fardas e patentes. Sujeitar-se à disciplina é ser escravo."

José Oiticica; A Doutrina Anarquista ao Alcance de Todos - "A Feição Militar"

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Wishing Well


Quando você cair
E tiver perdido seu topo
Apóie-se, volte a caminhar
Desfaça essa "cara amarrada"

Pegue minha mão mais uma vez
Todos nós vamos compreender
E te ajudar a encontrar um novo plano

É hora de te ajudar
Colocar-lhe de volta em seus passos e em seu caminho
Se as mesas se virassem
Eu sei que estaria lá por mim
Tudo dará certo

Não se perder e esquecer
Acender as luzes da agitação
Não se preocupe mais
Mate sua dor e suas feridas
Nós estaremos lá quando você esperar
Chega de derramar suor pelas sombras
Sinta o amor se você puder
Perdeu sua lucidez, sinta-se insano

Está se sentindo desesperado
E todos os seus sonhosse foram
Tenha tempo pra curar suas tristezas
E desapareça desse mundo
Viva pelo amanhã

Espero que você tenha mudado seu caminho
Não há muito mais à dizer
Quando a escuridão vira cinzas
Corações partidos desaparecem

É hora de te ajudar,
Colocar-lhe de volta em seus passos em seu caminho
Seas mesas se virassem
Eu sei que estaria lá por mim
Tudo dará certo

E eu espero
Que tudo dê certo!





(Blind Melon)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009


Eu realmente não tinha em mente falar sobre chatice política e afins, mas alguns acontecimentos têm me intrigado muito ultimamente.

É difícil controlar a decepção que tanto eu quanto muitos carregam quanto à ele, o herói da "craçe trabaiadora", The Man-segundo o presidente estadunidense Barack Obama-o carismático, gracioso, o humilde, o popular presidente Luis Inácio "Lula" da Silva.

Nunca me considerei um esquerdista nem muito menos um extremo-direitista, porém, é realmente decepcionante ver o quanto esse cara se contradiz apoiando corruptos e ainda sai inocentado pelo povão tantas vezes através de suas Bolsas-Esmola.

O que acontecerá com o Brasil quando tudo acabar? Quando finalmente ele sair da presidência? Será que ele vai sair? Pois é, parece que não está em seus planos!

Talvez eu venha a concordar com o que ouvi alguem dizer uma vez: que esse presidente não passa de um ditador, já que quer permanecer no gabinete por mais tempo do que deve fortalecendo sua corja se assassinos(de dignidade)!

BASTA! Basta desse rumo ao comunismo falso, parece até que o Brasil tá querendo seguir o caminho da China, divulgando uma falsa igualdade, jogando pra gringa cartões-postais de todas as belezas de nossa nação sem mostrar o lado PODRE! O lado da violência, da desigualdade social, da discriminação racial, da roubalheira descarada, da compra de votos e da venda de opiniões.

Como já disse, não sou um esquerdista, mas apóio as opiniões de membros e ex-membros do PT que dizem se envergonhar de fazer parte desse partido, pois ele de fato vem contradizendo-se radicalmente com sua ideologia. Desses ex-membros, vale citar o nome de um, ou melhor, uma: a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que lutou e fez história através de seus feitos em nome de seus ideais e desse partido decadente e que não exitou em demitir-se após a palhaçada do caso Sarney.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Conquistas



O solo clama a calma

E a indiferença

De quem ama a vida

Mas não conhece nada


A vida é feita de conquistas

Dia-a-dia

Faça do seu sonho sua ousadia

Faça do seu sonho sua ousadia


Juventude armada de palavras claras

Levante a cabeça

E queira ganhar

...
(Blind Pigs)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Eu Odeio O Blues




Eu poderia fazer

Uma enorme lista

De coisas que me deixam

Muito puto da vida


Vida essa que todo mundo

Diz pra valorizar

Mas ninguem faz acontecer

Todos só querem se matar


São 24 horas de medo

São 7 dias de azar

São 30 dias de impaciência

São 365 motivos pra chorar





E é por isso que eu odeio o Blues

Ele só me faz lembrar

Que apesar de ridículo e cafona, é normal

O cara chorar pela garota em pleno bar


E é por isso que eu odeio o Blues

Ele só me faz lembrar

Que eu sou péssimo na guitarra, não aprendi a tocar gaita

Não sou canceriano e às vezes odeio o meu lar!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

"Institutionalized" vai para...

Todos os que se vêem obrigados a se conformar com o que leis universais nos impõe, e para todos os que se recusam a acreditar que existam leis universais impostas por meros humanos.
Todos os que acreditam que ninguém, mesmo quem possa vir a ser as pessoas mais importantes para nossas vidas tem o direito de controlá-las, mesmo que pense estar agindo para o nosso bem, pois nós sabemos o que é bom pra nós e eles têm de saber que nós temos a capacidade de saber isso.
Saber como agir, não se mostrar um fraco, mostrar suas capacidades e buscar um reconhecimento. Ignorar aquela ideia de que não precisamos provar nada à ninguem quando se trata de uma causa nossa. É estúpido querer provar para as pessoas o quanto somos bons tomando atitudes arriscadas sem nenhuma causa, porem, é necessário provar para as pessoas o quanto merecemos reconhecimento quando lutamos por uma causa justa, seja por nós mesmos ou por quem está ao nosso redor.
Logo eles reconhecerão que não estamos "loucos", que estamos muito cientes do que fazemos, do que queremos. E se às vezes agimos de forma confusa, é porque certos desvios do caminho que seguimos são normais, e eles não têm o direito de interferir, pois quando retomamos o nosso caminho sem que ninguem interfira e tudo acaba bem, é mais um ponto positivo que adquirimos com eles e com nós mesmos. E se eles não lhe derem ouvidos, mande para eles e para si mesmo um FODA-SE! A atitude principal na busca por reconhecimento é a de não abaixar a cabeça! Pois caso nos deixemos abalar, eles vão nos manipular, vão lavar nosso cérebro para que fiquemos bem.
Sabe-se lá o que os caras do Suicidal Tendencies queriam dizer com Institutionalized, mas essa é minha interpretação pessoal.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Institutionalized


[...]
Então você vai ser institucionalizado
Você virá com seu cérebro lavado e seus olhos ensanguentados
Você não terá nada a dizer
Eles irão lavar seu cérebro até que você aja do mesmo modo que eles
[...]
Eles te dão camisas brancas com mangas longas
Enlaçadas em suas costas, te tratam como como ladrões
Te drogam, pois eles são uns preguiçosos
Dá muito trabalho ajudar um "louco"
[...]
Eu estava sentado no meu quarto. Minha mãe e meu pai chegaram. Então eles puxaram a cadeira e sentaram. Eles disseram: "Mike, precisamos falar com você."
E eu digo: "Ok, qual o problema?"
Eles dizem: "Eu e sua mãe ouvimos falar que você tem passado por vários problemas. E você tem desaparecido sem razão nenhuma. E nós estamos com medo que vá machucar alguem. Estamos com medo que se machuque. Então decidimos que seria de seu interesse se colocássemos você em um lugar onde você possa receber a ajuda de que precisa."
E eu digo: "Espere! Do que vocês estão falando? "NÓS decidimos"? "MEU interesse"? Como vocês podem saber qual é o meu interesse? E o que é que vocês estão tentando dizer, que eu estou louco? Quando eu fui para as SUAS escolas! Eu fui para as SUAS igrejas! Eu fui para os SEUS institutos de facilitação de aprendizado! Então como vocês podem dizer que eu estou louco?"

Eles dizem que vão consertar meu cérebro
Aliviar meu sofrimento e minha dor
Mas enquanto eles consertam minha cabeça
Mentalmente eu estarei morto
[...]
Eu não estou louco! (Instituição)
Vocês é que estão loucos! (Instituição)
Vocês estão me deixando louco! (Instituição)

Eles me prenderam numa instituição
Disseram que era a única solução
Para me dar a ajuda profissional necessária
Para me proteger do inimigo: eu mesmo.

LETRA

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sobre o "Cãomício"

Bem, para quem não sabe, trata-se de uma crônica escrita na década de 60, época em que a liberdade estava pixada em todos os muros e discursos nas ruas em prol de direitos civis eram frequentes. Para o autor, foi um prato cheio, digamos que ele conseguiu uma sátira perfeita.
Sátira àqueles que lutaram por causas justas? Não mesmo! E isso que é legal.
O objetivo do texto passa longe das "brincadeirinhas" de certas emissoras de TV e revistas em relação à uma "classe" de ser-humano que passa a ser tachada de adjetivos que nem vale a pena citar (vide um certo parágrafo do texto), e que dessa forma influencia tantas pessoas.
A sátira é justamente direcionada à essas pessoas.
Talvez todos os cachorros realmente tenham direito à seus "pipi-dog's", e é um pensamento nobre não querer ser levado à praia para evitar o risco de passar doença à seus "superiores". Uau! São metáforas tão tocantes que quando paramos para pensar não conseguimos segurar o riso(não sei se é assim com quem estará lendo, mas comigo é). Mas não é isso o que está em questão. Até certo ponto, não vemos reivindicações que favoreçam à todas as classes, e isso me lembra muito os dias atuais. O regime acabou e a piada continua.
Curiosamente li essa crônica poucos dias depois(talvez um ou dois) de ter digitado o seguinte texto de minha autoria no meu perfil do Orkut:
"Duas existências são indiscutíveis: O orgulho dentro de si mesmo e a igualdade ao seu redor. No dia em que todos enxergarem o que há dentro de si e o que há ao seu redor, fazendo então a escolha certa sobre qual deve se fortalecer, talvez então colaboremos com a melhoria desse mundo tão criticado por conformistas hipócritas que tanto falam, brigam e choram por nada mais do que meros caprichos superficiais."

Por mais que este post tenha se iniciado como um artigo de opinião, o trecho em itálico não se trata do mesmo, trata-se de um fato. Um fato engraçado e triste ao mesmo tempo, e é comentando sobre este fato que eu finalizo meu post de hoje.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

"Cãomício" no Calçadão

de José carlos Oliveira


Reunidos no calçadão central da Avenida Atlântica, entre as ruas Souza Lima e Sá Ferreira, dezenas de cães participaram sábado à tarde de um comício autorizado, em princípio, pela Administração Regional de Copacabana. Eram cachorros das mais variadas raças e dos mais diferentes tamanhos, desde Pastores Alemães até miniaturas Pintcher. Junto ao meio-fio, no local da concentração, um carro-choque do Batalhão de Gatos, armados de unhas e dentes, garantia a ordem.

O primeiro a subir no tablado, que era um engradado de refrigerantes emborcado, foi um Poodle branquinho, de rabinho cotó.

- Nossos donos são irresponsáveis! - gritou ele.

- Abaixo os donos irresponsáveis! - respondeu a multidão raivosa (embora toda ela vacinada).

-Todo o poder aos cachorros! - prosseguiu veemente o Poodle branco, cujo focinho lembrava vagamente o de Jane Fonda, e que era tido entre o Posto 6 e o Posto 4, como líder inconteste do Dog-Power.

Em seguida, pediu a palavra um Weimaraner azulado, de olhos tristes. Do alto do caixote, falou ponderadamente:

- Meus modos, if...if... (estava chorando, o coitado)... Meus modos refletem o meu dono...Não quero mais, if... if... Não quero mais passar vergonha sujando a calçada!

- Nós tambem não! - responderam em uníssono os manifestantes caninos. Lá do meio do povo, alguem latiu com voz de Pointer:

- Nossos donos precisam aprender que lugar de cachorro fazer suas "coisas" é em casa!

- Bravo! Apoiado! - concordou a cãonalhada.

- Pipi-dog! Queremos pipi-dog - puseram-se a ladrar umas cadelinhas Basset, cinco ou seis, provavelmente da mesma ninhada. - Somos moças de família, e portanto temos direito a um lugar no apartamento onde possamos fazer nossa toalete sem que intrusos invadam a nossa privacidade!

- Muito bem! Falou! Podem crer! - entoaram em coro os cinco Dobermans que moram no Edifício Chopin, um dos mais luxuosos de Copacabana, e que fazem pipi - vejam só a heresia - na piscina do Copacabana Palace, que fica logo ali do lado.

Agora, estava no tablado um musculoso Boxer, com sua cara abobalhada e seu tradicional bom coração.

- Senhoras e senhores - disse ele - sejamos objetivos. Desejo colocar em votação uma proposta simples, de três pontos, a qual, se aprovada, será encaminhada aos nossos donos, em forma de abaixo-assinado. Primeiro ponto:

- "Quero meu pipi-dog no apartamento."

- Apoiado! - gritou a assembleia.

- Segundo ponto... Mas antes, para evitar tumulto, prefiro que os distintos companheiros, em vez de latirem, ladrarem, rosnarem e coisa e tal, balancem o rabo em sinal de aprovação. Aqueles que não mais possuem rabo poderiam uivar, mas docemente, pois uma de nossas preocupações principais há de ser a de não agravar a poluição sonora, de maneira a não indispor a opinião pública contra a nossa causa...

Todos balançaram o rabo, em silêncio. A questão do orador fora aceita. Ele então prosseguiu:

- Segundo ponto: "Queremos fazer nosso cooper canino apenas no calçadão central da Avenida Atlântica..."

Rabinhos balançaram para lá e para cá: aprovado.

- Terceiro ponto: - "É preferível que não nos levem à praia, onde involuntariamente causamos uma porção de doenças!"

Rabinhos alegres: de acordo

- Desta forma - finalizou o Boxer - poderemos afirmar que somos felizardos e que temos donos educados!

- Nosso dono vai ser superlegal! - exclamou a assembleia, esquecendo a recomendação de só balançar o rabo.

Nessa altura, todos ali estavam com vontade de fazer cocô e pipi. Sendo assim, o Poodle branco decidiu dar por encerrada a reunião, recomendando que os manifestantes se dispersassem em ordem.

Mas nesse instante, pulou no caixote um autentico Vira-Lata, magrinho, de olhos famintos, as costelas aparecendo sob o pêlo ralo, rabo entre as pernas.

- Irmãos! - bradou ele, ou melhor, soltou essa palavra num gemido. - Irmãos! Todos Somos irmãos! Todos os cachorros são iguais! Portanto, o verdadeiro problema não está no pipi-dog doméstico nem no pinicão do apartamento. O necessário é que todos nós, os de pedigrees e os de rua, os de raça e os vira-latas, tenhamos, todos, direito aos cuidados periódicos, à vacinação gratuita, à alimentação farta e balanceada, à coleira protetora com sua placa de identificação, aos banhos seguidos de talco contra pulgas... Viva pois a Revolução! Todo o poder aos cachorros, sem distinção de raça, cor ou credo!

- Uh! Fora! - gritaram os cães de luxo, que pertencem todos, naturalmente, à Direita, e preferem que as coisas continuem como estão, no plano mais amplo da justiça social. - Fora! Sarnento! Babão! Comedor de restos! Ralé!

A multidão de sócios do Kennel Club avançou na direção do anarquista, rosnando ameaçadoramente. Foi preciso que os gatos salvassem o Vira-Lata do linchamento inevitável, para os que o cercaram, dispersando a cachorrada ululante com bombas de gás lacrimogêneo.

Em seguida, o Batalhão de Gatos levou o Vira-Lata para o lugar adequado a essa espécie de agitador. Ele agora está sendo processado e é capaz de passar o resto da vida num canil presídio. Acusação: Trata-se de um CÃOMUNISTA.



















































































segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Invasão A



E que se inicie a invasão de corpos, mentes e almas de uma raça diferenciada de porcos! muahuahua

Não, não se trata de uma pandemia, ninguem vai morrer ao entrar aqui não(quem me dera tamanha importância, hehe)...

Mas aos que estiverem desocupados...leiam. Vai que um dia eu poste algo que te influencie, algo revolucionário, algo que possa mudar o mundo...

Afinal, eu sei la para que as pessoas criam blogs...

Tipo, quem já é famoso se dá bem...arranja uma pá de seguidores e talz...

Ah acho que só to nessa mesmo pq gosto de escrever...

E aos que quiserem entender o título do blog, que use a imaginação!