
sexta-feira, 28 de agosto de 2009

terça-feira, 25 de agosto de 2009
Conquistas
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Eu Odeio O Blues

quinta-feira, 13 de agosto de 2009
"Institutionalized" vai para...
Todos os que acreditam que ninguém, mesmo quem possa vir a ser as pessoas mais importantes para nossas vidas tem o direito de controlá-las, mesmo que pense estar agindo para o nosso bem, pois nós sabemos o que é bom pra nós e eles têm de saber que nós temos a capacidade de saber isso.
Saber como agir, não se mostrar um fraco, mostrar suas capacidades e buscar um reconhecimento. Ignorar aquela ideia de que não precisamos provar nada à ninguem quando se trata de uma causa nossa. É estúpido querer provar para as pessoas o quanto somos bons tomando atitudes arriscadas sem nenhuma causa, porem, é necessário provar para as pessoas o quanto merecemos reconhecimento quando lutamos por uma causa justa, seja por nós mesmos ou por quem está ao nosso redor.
Logo eles reconhecerão que não estamos "loucos", que estamos muito cientes do que fazemos, do que queremos. E se às vezes agimos de forma confusa, é porque certos desvios do caminho que seguimos são normais, e eles não têm o direito de interferir, pois quando retomamos o nosso caminho sem que ninguem interfira e tudo acaba bem, é mais um ponto positivo que adquirimos com eles e com nós mesmos. E se eles não lhe derem ouvidos, mande para eles e para si mesmo um FODA-SE! A atitude principal na busca por reconhecimento é a de não abaixar a cabeça! Pois caso nos deixemos abalar, eles vão nos manipular, vão lavar nosso cérebro para que fiquemos bem.
Sabe-se lá o que os caras do Suicidal Tendencies queriam dizer com Institutionalized, mas essa é minha interpretação pessoal.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Institutionalized

Então você vai ser institucionalizado
Você virá com seu cérebro lavado e seus olhos ensanguentados
Você não terá nada a dizer
Eles irão lavar seu cérebro até que você aja do mesmo modo que eles
[...]
Eles te dão camisas brancas com mangas longas
Enlaçadas em suas costas, te tratam como como ladrões
Te drogam, pois eles são uns preguiçosos
Dá muito trabalho ajudar um "louco"
[...]
Eu estava sentado no meu quarto. Minha mãe e meu pai chegaram. Então eles puxaram a cadeira e sentaram. Eles disseram: "Mike, precisamos falar com você."
E eu digo: "Ok, qual o problema?"
Eles dizem: "Eu e sua mãe ouvimos falar que você tem passado por vários problemas. E você tem desaparecido sem razão nenhuma. E nós estamos com medo que vá machucar alguem. Estamos com medo que se machuque. Então decidimos que seria de seu interesse se colocássemos você em um lugar onde você possa receber a ajuda de que precisa."
E eu digo: "Espere! Do que vocês estão falando? "NÓS decidimos"? "MEU interesse"? Como vocês podem saber qual é o meu interesse? E o que é que vocês estão tentando dizer, que eu estou louco? Quando eu fui para as SUAS escolas! Eu fui para as SUAS igrejas! Eu fui para os SEUS institutos de facilitação de aprendizado! Então como vocês podem dizer que eu estou louco?"
Eles dizem que vão consertar meu cérebro
Aliviar meu sofrimento e minha dor
Mas enquanto eles consertam minha cabeça
Mentalmente eu estarei morto
[...]
Eu não estou louco! (Instituição)
Vocês é que estão loucos! (Instituição)
Vocês estão me deixando louco! (Instituição)
Eles me prenderam numa instituição
Disseram que era a única solução
Para me dar a ajuda profissional necessária
Para me proteger do inimigo: eu mesmo.
LETRA
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Sobre o "Cãomício"
Sátira àqueles que lutaram por causas justas? Não mesmo! E isso que é legal.
O objetivo do texto passa longe das "brincadeirinhas" de certas emissoras de TV e revistas em relação à uma "classe" de ser-humano que passa a ser tachada de adjetivos que nem vale a pena citar (vide um certo parágrafo do texto), e que dessa forma influencia tantas pessoas.
A sátira é justamente direcionada à essas pessoas.
Talvez todos os cachorros realmente tenham direito à seus "pipi-dog's", e é um pensamento nobre não querer ser levado à praia para evitar o risco de passar doença à seus "superiores". Uau! São metáforas tão tocantes que quando paramos para pensar não conseguimos segurar o riso(não sei se é assim com quem estará lendo, mas comigo é). Mas não é isso o que está em questão. Até certo ponto, não vemos reivindicações que favoreçam à todas as classes, e isso me lembra muito os dias atuais. O regime acabou e a piada continua.
Curiosamente li essa crônica poucos dias depois(talvez um ou dois) de ter digitado o seguinte texto de minha autoria no meu perfil do Orkut:
"Duas existências são indiscutíveis: O orgulho dentro de si mesmo e a igualdade ao seu redor. No dia em que todos enxergarem o que há dentro de si e o que há ao seu redor, fazendo então a escolha certa sobre qual deve se fortalecer, talvez então colaboremos com a melhoria desse mundo tão criticado por conformistas hipócritas que tanto falam, brigam e choram por nada mais do que meros caprichos superficiais."
Por mais que este post tenha se iniciado como um artigo de opinião, o trecho em itálico não se trata do mesmo, trata-se de um fato. Um fato engraçado e triste ao mesmo tempo, e é comentando sobre este fato que eu finalizo meu post de hoje.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
"Cãomício" no Calçadão
Reunidos no calçadão central da Avenida Atlântica, entre as ruas Souza Lima e Sá Ferreira, dezenas de cães participaram sábado à tarde de um comício autorizado, em princípio, pela Administração Regional de Copacabana. Eram cachorros das mais variadas raças e dos mais diferentes tamanhos, desde Pastores Alemães até miniaturas Pintcher. Junto ao meio-fio, no local da concentração, um carro-choque do Batalhão de Gatos, armados de unhas e dentes, garantia a ordem.
O primeiro a subir no tablado, que era um engradado de refrigerantes emborcado, foi um Poodle branquinho, de rabinho cotó.
- Nossos donos são irresponsáveis! - gritou ele.
- Abaixo os donos irresponsáveis! - respondeu a multidão raivosa (embora toda ela vacinada).
-Todo o poder aos cachorros! - prosseguiu veemente o Poodle branco, cujo focinho lembrava vagamente o de Jane Fonda, e que era tido entre o Posto 6 e o Posto 4, como líder inconteste do Dog-Power.
Em seguida, pediu a palavra um Weimaraner azulado, de olhos tristes. Do alto do caixote, falou ponderadamente:
- Meus modos, if...if... (estava chorando, o coitado)... Meus modos refletem o meu dono...Não quero mais, if... if... Não quero mais passar vergonha sujando a calçada!
- Nós tambem não! - responderam em uníssono os manifestantes caninos. Lá do meio do povo, alguem latiu com voz de Pointer:
- Nossos donos precisam aprender que lugar de cachorro fazer suas "coisas" é em casa!
- Bravo! Apoiado! - concordou a cãonalhada.
- Pipi-dog! Queremos pipi-dog - puseram-se a ladrar umas cadelinhas Basset, cinco ou seis, provavelmente da mesma ninhada. - Somos moças de família, e portanto temos direito a um lugar no apartamento onde possamos fazer nossa toalete sem que intrusos invadam a nossa privacidade!
- Muito bem! Falou! Podem crer! - entoaram em coro os cinco Dobermans que moram no Edifício Chopin, um dos mais luxuosos de Copacabana, e que fazem pipi - vejam só a heresia - na piscina do Copacabana Palace, que fica logo ali do lado.
Agora, estava no tablado um musculoso Boxer, com sua cara abobalhada e seu tradicional bom coração.
- Senhoras e senhores - disse ele - sejamos objetivos. Desejo colocar em votação uma proposta simples, de três pontos, a qual, se aprovada, será encaminhada aos nossos donos, em forma de abaixo-assinado. Primeiro ponto:
- "Quero meu pipi-dog no apartamento."
- Apoiado! - gritou a assembleia.
- Segundo ponto... Mas antes, para evitar tumulto, prefiro que os distintos companheiros, em vez de latirem, ladrarem, rosnarem e coisa e tal, balancem o rabo em sinal de aprovação. Aqueles que não mais possuem rabo poderiam uivar, mas docemente, pois uma de nossas preocupações principais há de ser a de não agravar a poluição sonora, de maneira a não indispor a opinião pública contra a nossa causa...
Todos balançaram o rabo, em silêncio. A questão do orador fora aceita. Ele então prosseguiu:
- Segundo ponto: "Queremos fazer nosso cooper canino apenas no calçadão central da Avenida Atlântica..."
Rabinhos balançaram para lá e para cá: aprovado.
- Terceiro ponto: - "É preferível que não nos levem à praia, onde involuntariamente causamos uma porção de doenças!"
Rabinhos alegres: de acordo
- Desta forma - finalizou o Boxer - poderemos afirmar que somos felizardos e que temos donos educados!
- Nosso dono vai ser superlegal! - exclamou a assembleia, esquecendo a recomendação de só balançar o rabo.
Nessa altura, todos ali estavam com vontade de fazer cocô e pipi. Sendo assim, o Poodle branco decidiu dar por encerrada a reunião, recomendando que os manifestantes se dispersassem em ordem.
Mas nesse instante, pulou no caixote um autentico Vira-Lata, magrinho, de olhos famintos, as costelas aparecendo sob o pêlo ralo, rabo entre as pernas.
- Irmãos! - bradou ele, ou melhor, soltou essa palavra num gemido. - Irmãos! Todos Somos irmãos! Todos os cachorros são iguais! Portanto, o verdadeiro problema não está no pipi-dog doméstico nem no pinicão do apartamento. O necessário é que todos nós, os de pedigrees e os de rua, os de raça e os vira-latas, tenhamos, todos, direito aos cuidados periódicos, à vacinação gratuita, à alimentação farta e balanceada, à coleira protetora com sua placa de identificação, aos banhos seguidos de talco contra pulgas... Viva pois a Revolução! Todo o poder aos cachorros, sem distinção de raça, cor ou credo!
- Uh! Fora! - gritaram os cães de luxo, que pertencem todos, naturalmente, à Direita, e preferem que as coisas continuem como estão, no plano mais amplo da justiça social. - Fora! Sarnento! Babão! Comedor de restos! Ralé!
A multidão de sócios do Kennel Club avançou na direção do anarquista, rosnando ameaçadoramente. Foi preciso que os gatos salvassem o Vira-Lata do linchamento inevitável, para os que o cercaram, dispersando a cachorrada ululante com bombas de gás lacrimogêneo.
Em seguida, o Batalhão de Gatos levou o Vira-Lata para o lugar adequado a essa espécie de agitador. Ele agora está sendo processado e é capaz de passar o resto da vida num canil presídio. Acusação: Trata-se de um CÃOMUNISTA.